Dá para trabalhar por conta própria na Irlanda?

Elizabeth Gonçalves

9 anos atrás

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Não dá pra negar que brasileiro é um povo criativo e acaba dando um jeitinho para tudo nessa vida. Quando se embarca num intercâmbio então, diante do desafio de aprender um novo idioma e ainda encontrar um emprego para bancar as despesas cotidianas é que essa criatividade deslancha e acaba até se tornando uma fonte de renda, já que muitos de nossos conterrâneos encontram em suas habilidades uma maneira de trabalhar por conta própria na Irlanda.

Confira, hoje, algumas dessas histórias aqui!

Massagem

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo pessoal

O estudante Jucimar Falkoski desembarcou na Irlanda em setembro de 2012, e conta que reservou os primeiros meses para se aperfeiçoar no idioma e também se adaptar ao clima. “A partir de janeiro comecei a procurar emprego, o que não me surtiu retorno. Como no Brasil já havia atuado como massagista, e diante da necessidade de ter dinheiro para pagar as contas e também viajar, em fevereiro resolvi utilizar essa minha experiência aqui em Dublin”.

Para divulgar seu trabalho ele utilizou ferramentas como as comunidades voltadas a brasileiros no Facebook e também comentava com todos os seus conhecidos e colegas de classe sobre o seu trabalho, o que acabou despertando o interesse de várias pessoas. “Com isso, metade da minha clientela foi composta por brasileiros, sendo os demais irlandeses, espanhóis e italianos”.

Ele destaca que o serviço é prestado na casa do cliente, e para isso ele conta com uma maca portátil. Jucimar também chegou a montar um pequeno estúdio em seu apartamento, onde fazia o atendimento de algumas pessoas. Em uma semana de trabalho sua média era de 10 clientes.

“Desde outubro de 2013 tenho emprego fixo em um restaurante, mas mesmo assim nas minhas folgas consigo fazer algumas massagens, pois é uma coisa que eu realmente gosto de fazer”, afirma.

Para ele, é possível trabalhar por conta própria na Irlanda e ganhar o suficiente para se manter. “Mas, acredito que também é importante ter um trabalho registrado, já que com uma renda fixa pode-se ter um certo conforto financeiro”, acrescenta. Mesmo assim, ele deixa o aviso: “Se você tem a possibilidade de fazer o que sabe, não tenha medo, arrisque! Tudo o que passamos aqui contribui de forma direta para o nosso crescimento pessoal e profissional”.

Inglês para estrangeiros

Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

Professora há dez anos no Brasil, Eliana Santos decidiu usar seu conhecimento para gerar renda e fugir do subemprego na capital irlandesa.

“Ensinar inglês para estrangeiros está sendo uma experiência completamente nova para mim. Como no Brasil dava aulas apenas para brasileiros, hoje estou lidando com material e metodologia bem diferentes”, afirma.

Mesmo assim ela ressalta como essa experiência tem sido enriquecedora. “Sempre que ensino uma nova expressão em português aprendo uma em inglês”.

Para divulgar suas aulas ela utilizou sites como Gumtree e OLX, além de fazer cartões e flyers. As aulas são realizadas nas casas dos alunos e algumas vezes o destino é um pub tranquilo perto de sua casa.

Esfirras

Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

Leandro Zanata pegou uma receita que tinha guardada a sete chaves no Brasil para começar um negócio em Dublin.

Morando na capital irlandesa com sua esposa, logo depois de um mês de sua chegada o casal sentiu a carência de esfirras no mercado irlandês. Foi então que decidiram unir a necessidade de ganhar dinheiro à suas habilidades, e começaram a fabricar e comercializar esfirras.

“A produção é feita em casa, que adaptamos e estruturamos para dar conta do trabalho na correria, já que a equipe se resume a eu e minha esposa”, diz Leandro. Durante os finais de semana, às vezes ele conta com entregadores. Porém muitas vezes é ele mesmo quem faz as entregas. “Por essa razão no momento nossa entrega atinge um raio de 3 quilômetros da North Circular Road, ou o cliente pode retirar no local”.

Atualmente ele utiliza duas ferramentas para divulgar seu produto: o Facebook e a propaganda boca a boca, feita pelos seus clientes. ”Como não economizo na qualidade do meu produto, isso tem me bastado”, destaca.

Para Leandro, em Dublin é possível identificar muitas oportunidades de serviços a serem oferecidos. “Porém, é preciso garantir a qualidade do que se faz. Desta forma é possível se manter não apenas em Dublin, mas em qualquer lugar do mundo”.

Vale lembrar aos conterrâneos recém-chegados em terras irlandesas que, quando se trata de montar um  negócio próprio, a Irlanda possui leis próprias, sobretudo no que tange as limitações para o visto de estudante! Por isso, antes de pensar em montar algo na Irlanda, certifique-se de que possui as condições para tal. Para entender melhor sobre o assunto, recomendamos também os textos: E se eu quiser abrir uma empresa na Irlanda? e Dicas para quem deseja abrir empresa em Dublin.

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Elizabeth Gonçalves, Jornalista viciada em cinema, música e literatura. Paulistana, se apaixonou por Dublin, onde mora há cinco anos e sonha em fazer uma viagem de volta ao mundo.

Veja também

Como é o Regime Trabalhista na Irlanda?


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