9 desafios ao buscar por uma acomodação em Dublin
2 anos atrás
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A busca de uma moradia perfeita na capital da Irlanda.
Os planos de me mudar para Dublin demoraram alguns meses: encontrar a escola ideal, deixar as coisas resolvidas na minha cidade no Brasil e finalmente embarcar. Após tudo estar pronto para a nova vida, uma dúvida ainda pairava no ar e me deixava com aquele friozinho na barriga… como será minha moradia na capital irlandesa?
Muitos estudantes, como eu, fecham moradias temporárias em casas de conhecidos, famílias irlandesas ou residência estudantil. Mas, e depois? Como encontrar o lar ideal para seguir os planos adiante?
1. Cidade compacta para muita demanda

Apesar de ser capital, a cidade é pequena para o grande número de estudantes que chegam todos os anos. © Gunold | Dreamstime
A capital irlandesa não é grande, por isso é preciso entender que existe pouco espaço para muita gente. São 1,8 milhão de pessoas (um número incerto, já que muitos estrangeiros chegam todos os dias na cidade), vivendo em 144 km² de território – para se ter uma ideia de comparação, São Paulo tem 1.521 km². É difícil? É! Mas posso dizer que tudo dá certo no final. Depois de quatro mudanças em três meses de vivência na cidade, finalmente encontrei o meu lugar. Como coração de mãe, em Dublin sempre cabe mais um.
2. Encontrar uma acomodação exigirá persistência
A primeira coisa a se fazer é buscar diariamente, hora a hora, uma nova vaga. Muitos grupos no Facebook de classificados brasileiros e de flatmates em Dublin me ajudaram. Também é possível buscar em sites de aluguel na cidade, como o Daft.ie. Outra saída é colocar bilhetes em busca de moradia no mural da escola e também conversar com os novos colegas de classe. O boca-a-boca ainda é uma ferramenta muito importante.
3. O processo pode ser muito frustrante

Nas entrevistas para a uma vaga em uma nova casa, o melhor é ser você mesmo. Foto: Gpointstudio/Dreamstime
Encontrar uma casa é como buscar um novo emprego. Haverá muita gente interessada na vaga disponível e por isso é comum que exista uma seleção: as famosas entrevistas. Nesse momento, todos os moradores da casa se unem para conversar com os candidatos. Passei por algumas e o sentimento de insegurança é real. Será que vão gostar de mim? O que devo dizer? Como me vestir? Acabei optando por ser eu mesmo. Os moradores perguntam sobre hábitos, trabalho ou estudo, o que pretende fazer na Irlanda e até mesmo se você ronca.
4. Como saber se a acomodação é a ideal?
O ideal é que a casa seja um lar, onde todos se considerem uma família, pois estarão uma boa parte do tempo juntos. As entrevistas também me ajudaram a descobrir se a casa era realmente um ambiente ideal para mim. Pessoas menos festeiras podem querer um local mais calmo. Já quem curte festas o tempo todo, pode preferir um estilo mais “república de faculdade”.
5. As regras na convivência com desconhecidos
Algo que aprendi na experiência em diversas mudanças de casa, é entender o funcionamento dela, como revezamento de limpeza, contas mensais, espaço no guarda-roupa, armário da cozinha e geladeira. Isso evita surpresas, pois muitas vezes é possível encontrar problemas sérios após a mudança. Já me deparei com diversas regras diferentes, como lavar roupas após às 23h (pois a energia é mais barata de madrugada), eletricidade paga com crédito (igual os celulares), e o uso do boiler, um equipamento que serve para esquentar a água do banho.
6. Ter que eleger suas prioridades na hora de alugar

Saber o custo-benefício entre o valor do aluguel e a localização foi essencial para saber que a moradia era ideal. © Delstudio | Dreamstime
Sempre coloquei na ponta do lápis o custo-benefício em se viver o mais confortável, com o preço justo e uma distância razoável da minha escola. Dependendo da região, mudam-se os valores. A média é 400 euros mensais para dividir uma casa com 4 a 6 pessoas, 300 euros com oito pessoas e “single room” entre 500 e 800 euros, em áreas mais centrais.
7. Quando a sua única alternativa é a vaga temporária
As vagas temporárias também foram alternativas. Elas geralmente são abertas só alguns dias por moradores que disponibilizam suas camas por um tempo curto, com um preço mais acessível. Geralmente são mais fáceis de fechar negócio até que se encontre a vaga permanente, e ajuda quando a opção definitiva demora mais a acontecer. Existem também algumas vagas temporárias que se resumem a um cantinho no sofá da casa de algum amigo, etc. Não é a situação ideal, mas na fase de transição entre as primeiras semanas de intercâmbio e a acomodação definitiva, você talvez tenha que enfrentar esse desafio.
8. Ficar atento para não cair em golpes
Por ouvir relatos sobre alguns golpes, como falsos landlords ou flatmates, que simplesmente somem ao fechar negócio, fui atrás de conhecer de fato com quem estava lidando. Adicionei no Facebook, dei uma “stalkeada” para ver se não era um perfil falso, além de conversar e me informar sobre a escola que a pessoa estuda e o seu trabalho. Ter um recibo do depósito e uma testemunha que prove que você pagou também é importante.
9. Espaço conquistado, agora o desafio é a convivência

Achar a casa perfeita, os flatmates mais bacanas e ter a chave na mão: missão cumprida. Foto: © Natee Meepian | Dreamstime
Olhando assim, você pode imaginar que as primeiras semanas na Irlanda serão de pura tensão, com a saga da acomodação. Para falar a verdade, pode ser um pouco sim. Infelizmente, a demanda de vagas no país, dado a viabilidade do visto, tem acarretado na falta de espaço. Encontrar uma acomodação passou a ser, de fato, um desafio.
Porém, você não é o único nessa jornada e dificilmente conseguirá evitá-la. Após esse processo e ao conseguir a vaga fixa, a vida começa a caminhar com mais tranquilidade. Já estou me acostumando com o mercado mais próximo, o trajeto até a escola ou trabalho, os pontos de ônibus e, o mais importante, a convivência entre quatro paredes.
Como dizem os irlandeses, o melhor modo de se viver é com a atitude “easy going”, ou seja, um bom camarada!
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Imagens via Dreamstime
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