As gafes que cometi ao falar inglês no meu intercâmbio

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Carol Braziel

6 anos atrás

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As gafes que cometi ao falar inglês no meu intercâmbio

Já começo dando uma gargalhada de tantas gafes que cometi. Seja por falta de inglês ou vergonha mesmo, é fato na vida do intercambista pagar mico alguma vez ao falar. E a minha não foi diferente.

Saí do Brasil tranquila. Afinal, já tinha viajado antes e paguei o máximo de micos que um turista tentando arranhar o inglês pode pagar. Eu achava isso, mas estava errada.

Ah, mas convenhamos, o sotaque irlandês não é lá muito fácil, vai!

Mandei bem…oh! SQN!

Desculpas à parte, uma vez precisei comprar remédios. Assim que coloquei os pés na farmácia, me deparei com duas senhoras muito fofas e gentis que já abriram um belo sorriso enquanto também faziam compras. Pois bem, quis ser simpática e retribuí o sorriso com um “Good morning“. Pra quê!?

As senhorinhas começaram a me contar a história de alguém da família que estava doente — pelo menos, foi o que pude compreender. Os 5 minutos restantes foram apenas comigo acenando com a cabeça enquanto sorria e pedia a Deus para elas não me perguntarem nada. Foram os cinco minutos mais longos da minha vida, e eu não via a hora da atendente passar o meu cartão e eu vazar dali bem rapidinho.

No final, acho que minha cara sorridente deu certo, pois ganhei até um abraço de uma das senhorinhas. Agora, sobre o que era a conversa… sei não, senhor.

Depois disso pensei “Deu por hoje!”. No more micos, Carolina!

100% mini me!

100% mini me!

Mas eu estava errada. Passados uns dias, consegui o tão desejado emprego e tive que pegar pela primeira vez o Dublin Bus. Ah, você acha que algum amigo bacana me avisou? Não!

O importante foi o mico de entrar no ônibus e entender que eles só aceitavam moedas. O cara olhava pra minha singela notinha de 5 euros e falava “NO, NO, NO” e eu “Why”.

Isso se estendeu por uns minutos até um bom senhorzinho levantar, ir até lá e falar “Sweetheart, you need to pay with coins”. Desse momento, eu tirei duas lições: os velhinhos me adoram e sempre tem um sem vergonha pra rir de você na hora do mico.

Pois, assim que paguei, comecei a me dar conta das risadinhas e olhares do grupinho de crianças que estavam sentadas.

Nada paga a felicidade de fazer crianças rirem...Créditos: Shutterstock.

Nada paga a felicidade de fazer crianças rirem… Créditos: Shutterstock

Mas sabe, por alguns momentos, achei que estava sozinha no mundo dos micos. Foi então que, após um bate papo com a galera, vi que todo mundo já teve um momento “Mico? Deu por hoje!”.

Amigos que comeram chicken fillets com pimenta, mesmo odiando qualquer comida picante ou tiveram que discutir com o vendedor sobre um produto que foi cobrado erroneamente e, no final, estava misturando português com inglês e um pouquinho de espanhol só pra garantir.

Então, querido amigo intercambista recém-chegado, se você já fez a sua estreia dos micos do intercâmbio, relaxe. Muitos ainda estão por vir. Desencana, faz cara de louco, ria de si mesmo, pois você não está sozinho. Ainda está para nascer o estudante de línguas que não pagará micos em outro país.

É claro que não é uma situação confortável, mas em alguns meses tenha certeza de que você se lembrará desses momentos-micos com orgulho de perceber o quanto você evoluiu desde então.

Outra dica importante: tente não travar, pois esse é um dos piores erros. Ficar com receio de abrir a boca não ajudará em nada a aprimorar o seu inglês. É falando e errando que você aprende a falar corretamente.

É quando não entendem que você tem que se virar nos 30 e encontrar outra palavra para se fazer compreender. Só assim você amplia o vocabulário. Resumindo, os micos fazem parte!

Eu confesso que, depois dessas gafes, eu fiquei bem sem vergonha, viu? Nem vermelha eu ficava mais. Quantas e quantas vezes fui aos mercadinhos de bairro e algum irish puxou assunto. E eu fiquei tipo “oi?”. Meu inglês não é tão ruim assim, mas é que o sotaque também não ajuda, vai?

Quando eles desembestam a falar parece que, magicamente, duas batatas se aconchegam internamente em suas bochechas, e aí não tem jeito. É complicado de acompanhar, meu amigo.

O importante, mesmo, é que não deixei de tentar falar inglês o máximo que pude e tenho certeza de que cada mico valeu a pena. Afinal, qual a graça do intercâmbio se não temos histórias engraçadas pra contar?

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Carol Braziel, Formada em Relações Públicas e pós-graduada em MKT pela ESPM|Brasil. Com mais de seis anos de experiência em MKT, decidiu vivenciar o sonho de morar na Europa, mais precisamente na terra dos Leprechauns. Apaixonada incurável por viagens, tem como vício a leitura e pesquisa sobre destinos, curiosidades e roteiros de viagens pelo mundo.

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