Coronavírus na Irlanda: o que você precisa saber sobre a nova variante Eris identificada no país

Coronavírus na Irlanda: o que você precisa saber sobre a nova variante Eris identificada no país

Rubinho Vitti

8 meses atrás

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A nova variante da Covid-19 que está se espalhando por diversos países do mundo também já chegou à Irlanda. De acordo com o HSE (Health Service Executive), serviço de saúde pública do país, a EG.5, também chamada de Eris, é uma descendente da Ômicron.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a Eris como “variante sob monitoramento” (VUM), dizendo que é mais transmissível do que as circulantes anteriores e tem sido associada a surtos, incluindo em hospitais na Irlanda.

Porém, de acordo com os órgãos de saúde, não há evidências de aumento na gravidade clínica da infecção na Irlanda causada por essa cepa.

O HSE, no entanto, registrou um novo aumento nos casos de Covid-19 nos hospitais. No final de julho havia cerca de 120 pessoas internadas com o vírus no país, aumentando para mais de 430 nos últimos dias, mas com baixo número de pacientes em UTIs com o vírus.

Instituições de saúde da Irlanda relataram surtos nas últimas semanas, como o Hospital Universitário de Galway e o St. Luke’s, em Kilkenny.

Por conta da falta de testes PCR e antigen gratuitos, e a não-obrigatoriedade deles, não é possível saber quantas pessoas contraíram a doença nos últimos dias.

Desde o início da pandemia, foram registrados mais de 1,7 milhão de casos confirmados de Covid-19 por PCR na Irlanda e 9.125 óbitos.

Não haverá novas etapas de vacinação contra Covid-19 na Irlanda

Dose extra de vacina contra a Covid-19 na Irlanda voltará a ser administrada no outono.

Apesar da nova variante, o HSE informou que o programa de vacinação contra a Covid-19 permanecerá pausado até setembro.

De acordo com o The Journal, não há evidências de que a nova variante seja um risco para a população e que a grande quantidade de vacinados e pessoas que já foram infectadas com a Covid-19 já gera, naturalmente, uma proteção.

O portal sobre vacinação do HSE afirma que “os próximos reforços sazonais serão oferecidos no outono” e que a página será atualizada quando os “reforços de outono estiverem disponíveis”.

Segundo o órgão, a dose de reforço será oferecida no outono a pessoas com 50 anos ou mais e no caso de pessoas com sistema imunológico fraco ou que tem uma condição que a coloca em risco por causa da Covid-19 (5 anos ou mais), além de profissionais de saúde.

Governo afirma que não haverá novas restrições por causa da nova onda da Covid-19 da Irlanda

O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, disse que não há novas restrições de saúde pública planejadas apesar da “nova onda” de infecção por Covid-19 causada pela variante Eris.

Segundo o jornal The Irish Times, Varadkar disse que o país está em um “lugar muito diferente” em comparação com quando o vírus chegou à Irlanda.

“Acho que estamos enfrentando uma nova onda de Covid. Houve muitas infecções e houve um aumento de internações, mas não prevejo a reintrodução de nenhuma restrição”, ressaltando que “uma enorme quantidade de imunidade” foi construída por causa da vacinação.

“Não é algo com o qual sejamos nem um pouco complacentes, mas é um novo vírus, um vírus com o qual temos que conviver, e haverá ondas de infecção, assim como ocorre com o vírus da gripe no inverno em particular”, disse Varadkar.

Quais são as recomendações em caso de suspeita de coronavírus na Irlanda

Em geral, pessoas identificadas com coronavírus na Irlanda devem se isolar. Foto: Unsplash

Uma pessoa com sintomas da Covid-19 pode ser solicitada a usar uma máscara facial ao visitar alguns estabelecimentos de saúde e cuidados.

A equipe de saúde irá informá-lo se você precisar. Se você tiver sintomas de COVID-19, resfriado ou gripe, pode não ser seguro visitar um estabelecimento de saúde ou atendimento. Entre em contato com eles para obter conselhos antes de visitar.

As pessoas devem continuar a se auto-isolar se tiver sintomas de COVID-19. Aconselha-se o uso de máscara facial nos transportes públicos e nos serviços de saúde.

Adultos com sintomas respiratórios devem permanecer em casa e evitar contato com pessoas até 48 horas após o desaparecimento dos sintomas.

Como solicitar testes gratuitos do governo

Pessoas com certa idade ou condição de saúde específica podem solicitar teste PCR para detectar coronavírus na Irlanda. Foto: Mufid Majnun / Unsplash

O governo da Irlanda não oferece mais um serviço para as pessoas agendarem testes de PCR para COVID-19 ou solicitarem testes de antígeno. Profissionais de saúde ainda podem solicitar testes de antígeno online em algumas situações.

Não é necessário um teste de COVID-19 a menos que um clínico geral ou profissional de saúde o aconselhe. É possível comprá-los em farmácias ou lojas.

Leia também: Vacina na Irlanda: tudo o que você precisa saber

Histórico do coronavírus na Irlanda

Primeiros casos do coronavírus na Irlanda foram registrados entre fevereiro e março. Foto: Free To Use Sounds/Unsplash

A notícia do primeiro caso de uma pessoa contaminada com a Covid-19 na Irlanda completou um ano. O caso foi notificado na manhã do dia 29 de fevereiro de 2020, no leste do país, um dia após a Irlanda do Norte confirmar uma infecção. Desde então, a ilha — assim como o resto do mundo — nunca mais foi a mesma e o restante dessa história ainda estamos vivendo.

O primeiro caso na Irlanda foi um homem que foi infectado após ter viajado para o norte da Itália, local muito afetado pela doença no início da pandemia, o que não foi uma surpresa para a Irlanda, que já estava preparada para atender o primeiro infectado.

Até aquele momento, haviam 83.000 casos da Covid-19 confirmados em mais de 50 países em todo o mundo, inclusive o Brasil, que também tinha apenas um caso confirmado até então. Hoje, um ano depois, são 114 milhões de casos e 2,5 milhões de mortes. Na Irlanda, em um ano, foram registradas 219.592 casos da doença e 4.319 mortes.

Após 29 de fevereiro de 2020, a doença foi se espalhando rapidamente e o país começou a tomar atitudes para contê-la, como o cancelamento do St. Patrick’s Festival.

Em 11 de março de 2020, a Irlanda estava com 43 casos confirmados e confirmava a primeira morte por Covid-19 no país. No mesmo dia, a OMS confirmou que o novo coronavírus se tornara uma pandemia.

No dia seguinte à morte, a Irlanda fechou as escolas e no dia 16 foram os pubs e casas de show e baladas que foram fechados.

Automaticamente, 140 mil pessoas ficaram sem emprego na Irlanda, mas o governo conseguiu, de forma rápida, criar um auxílio emergencial que abrangia, até mesmo, os estudantes que trabalhavam antes da pandemia.

Outras restrições começaram a aparecer na Irlanda até que o lockdown foi anunciado em 27 de março de 2020, quando pessoas deveriam ficar em casa, estando autorizadas a sair apenas para “um número limitado de razões”.

Entre 2020 e 2021 foram várias reviravoltas com mudanças rotineiras de regras e restrições para evitar o contágio do coronavírus na Irlanda.

Com a diminuição no número de mortes e casos no país, em 2022, o governo da Irlanda encerrou todas as restrições criadas a passageiros que chegam ao país via ar ou mar para conter o avanço da pandemia da Covid-19. Também não há mais restrições como uso de máscaras no país, nem nenhum tipo de obrigatoriedade.

Você pode acompanhar toda a linha do tempo da Covid-19 na Irlanda em nossa retrospectiva 2020, retrospectiva 2021 e retrospectiva 2022.

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Foto: Fusion Medical Animation/Unsplash

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Rubinho Vitti, Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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